quarta-feira, 25 de maio de 2011
NOVAS ESCRAVATURAS
No sentido restrito do termo, escravo é aquele que se encontra numa situação de total dependência relativamente a outrem (seu dono e senhor), sendo visto como um mero objeto de trabalho desprovido de personalidade jurídica e de liberdade.
Normalmente, pensa-se na escravatura como um fenómeno do passado, como uma mancha que foi definitivamente erradicada com o triunfo das correntes abolicionistas na 2ª metade do séc. XIX. Mas se a escravatura deixou de existir no plano teórico, porque passou a ser ilegal, ela persiste no plano prático, ainda que de uma forma camuflada e dissimulada. Há mesmo quem considere que os escravocratas modernos estão em vantagem, porque continuam a deter o controlo total sobre as suas vítimas, com recurso frequente à violência.
A emigração e as migrações modernas são férteis em situações que são muito próximas da escravatura clássica.
A “moderna escravatura” prolifera um pouco por toda a parte e a sua modalidade mais recorrente é a escravidão por dívidas: “A compra e venda de seres humanos é um negócio rendível porque quem pretende deslocar-se para os locais onde há emprego enfrenta restrições cada vez mais rígidas em matéria de migração. Quem não consegue migrar legalmente, ou pagar adiantado o dinheiro exigido para passar a fronteira de forma clandestina, acaba quase sempre nas mãos das máfias de traficantes. Uma vez que as quantias pagas a título de transporte aumentam à medida que cresce o rigor dos controlos fronteiriços, torna-se cada vez mais provável que os emigrantes ilegais fiquem em dívida com os traficantes que os transportam. Por isso, são obrigados a trabalhar como escravos para pagar as suas obrigações” (Andrew Cokburn).
A moderna escravatura surge frequentemente associada à prostituição. Na Tailândia, por exemplo, milhares de jovens das províncias mais pobres são vendidas pelos próprios pais a intermediários, que as levam para os centros urbanos com promessas de bons empregos, e depois são sujeitas à prostituição forçada, até que a sua dívida seja saldada e com uma boa margem de lucro para os donos dos bordéis.
Luís Mendonça (Formador de CP)
segunda-feira, 16 de maio de 2011
3ª CORRIDA NOVAS OPORTUNIDADES
O CNO Anselmo de Andrade fez-se representar por uma equipa de 12 elementos que, com entusiasmo e brio, participou nas provas de 3 e 10 quilómetros. Foi um momento de agradável convívio onde não faltaram os famosos pastéis de Belém e que culminou com um almoço na Trafaria.
Com esta participação provámos, mais uma vez, que estamos sempre prontos para novos desafios.
Gabriela Machado (formadora de CLC)
terça-feira, 10 de maio de 2011
Novas certificações de Nível Básico
- Maria Manuela Carvalho;
- Artur Jorge Pinto;
- Telma Figueiredo;
- Luís Pedro Lucas;
- João Valente;
- Shahima Ebrahim.
Todos os candidatos revelaram a qualidade do seu percurso em RVCC através da exposição dos seus Portefólios Reflexivos de Aprendizagem e concluindo com a apresentação oral dos seus diferentes percursos de vida com incidência numa área temática.
Os temas apresentados revelaram-se pertinentes e adequados aos candidatos. Demonstraram a riqueza dos percursos individuais e as aprendizagens ao longo da vida. Houve a abordagem pessoal no âmbito da cidadania, com apresentações centradas no apoio ao idoso, a maternidade na adolescência ou a responsabilidade social dos avós. Na abordagem social, tivemos apresentações sobre actividades como a pesca desportiva e a simulação de voo onde os conhecimentos específicos sobre estas actividades foram devidamente relevados. Em contexto profissional, ficou demonstrada a aprendizagem técnica na manutenção e assistência de máquinas de jogos em casinos.
O avaliador externo que nos acompanhou, o Dr. Rodrigo Gomes, nas suas considerações finais, elevou as competências dos candidatos e felicitou-os pela qualidade do trabalho que cada um desenvolveu. Numa perspectiva de formação contínua, o Dr. Rodrigo aconselhou cada um dos candidatos a investir em percursos de formação/qualificação de nível secundário.
Concluída a sessão, os candidatos certificados, a equipa técnico-pedagógica e candidatos que vieram assistir tiveram um momento de confraternização, celebrando o êxito desta sessão de júri.
A próxima sessão de júri de certificação (de nível secundário) está agendada para dia 30 de Maio, às 18h, no mesmo local.
Sérgio Rodrigues (Profissional de RVC)
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Um desafio para o CNO Anselmo de Andrade
Dia do Planeta Terra
1-A não execução do Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (PIENDS). A PIENDS e a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS 2015) foram aprovadas pela Resolução de Conselho de Ministros nº108/107, de 20 de Agosto..
2-A política de ordenamento do território e de urbanismo permitiu a construção de urbanizações e empreendimentos turísticos em zonas de solos produtivos ou ecologicamente relevantes.
3-A política da mobilidade e transportes terrestres não conseguiu descongestionar o excesso de tráfego responsável por um elevado consumo energético e pelos valores de poluição (sonora, atmosférica) acima dos regulados pela legislação europeia.
4-Portugal consome energia de forma excessiva tendo em conta a nossa fase de desenvolvimento económico.
5-Portugal desperdiça cada vez mais água apesar das boas intenções do Programa Nacional para o Uso Eficiente de Água (PNUEA), segundo a Resolução do Conselho de Ministros nº113/2005, mas que ainda não foi operacionalizado.
6-O grau insuficiente de implementação da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da biodiversidade (ENCNB), segundo a Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/2001, porque muitos dos seus objectivos ainda continuam por concretizar como por exemplo: os Planos de Ordenamento do Território das áreas protegidas e a ordenação de muitas áreas previstas na Rede Natura 2000 (uma rede europeia criada pela Directiva 92/43/CEE)
7-A política dos 3Rs ainda não entrou totalmente nos hábitos dos portugueses. A reutilização de embalagens é insuficiente, e a reciclagem urbana ainda não é significativa dai que derradeira opção nestes casos é aquela que ainda continua a ser muito procurada, ou seja, a queima de resíduos por incineração.
Em conclusão, a Quercus refere que é tempo de reflectir sobre o ambiente e sobre o que será o nosso futuro próximo e que é importante o contributo de todos para termos um papel activo para uma vida mais verde.
Referências sitiográficas:
http://www.planotecnologico.pt/
http://www.quercus.pt/
Luís Pedro (Formador STC)