É que as palavras,
Ditas, escritas, quando sinceras
Mesmo singelas,
Ficam bonitas.
Este poema da Otília Maria foi o mote que deu início à Tertúlia “Viajar através das palavras”.
A viagem começou com as palavras de Romeu Correia sobre o Ginjal,
trazidas pela voz do João Valente que viveu neste lugar e que mantém um desejo
muito grande de assistir à sua recuperação. Passámos ainda pela(s) história(s)
da Cova da Piedade contadas por quem aí viveu desde pequeno e é claro que não
se poderia deixar de falar da importância deste lugar não só no movimento associativista,
mas também revolucionário. Prosseguindo, a viagem projetou-se também no futuro
e nos projetos, adiados, que transformariam toda as zonas abandonadas/
degradadas junto ao rio (sonhar ainda não tem custos!).
A memória levou-nos, ainda, a outras histórias divertidas sobre as
vindimas, a apanha do medronho, as varinas de Lisboa, a escola (antes de 1974),
os anos 70, e tantas outras…
A este propósito os formandos presentes partilharam o seu entusiamo na
elaboração da autobiografia e no processo RVCC. Penso que as palavras da Maria Fernanda
Braga sintetizam esse sentir “Tendo, à primeira vista, parecido uma tarefa
impossível (não sou escritora, não fiz nada que me celebrizasse, que raio vou
eu contar?) a autobiografia acabou por me surpreender a mim mesma. Ao remexer o
baú da minha vida, tal como sucede quando se remexe um baú, encontrei muito
mais coisas de interesse que aquilo que previa. Concluí que sabia fazer muito
mais coisas que aquilo que pensava e que ultrapassei e superei condições
altamente adversas (…). Agradeço às novas oportunidades a oportunidade de
viajar através do tempo, através das palavras e concluir que está a ser
altamente estimulante fazer parte deste projeto.”
No final, contámos com a leitura de diversos textos poéticos da
autoria dos presentes… e aplaudiram-se os poetas!
Gabriela Machado
(formadora de CLC)
Gabriela Machado
(formadora de CLC)
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